O Fundo de Fomento da Habitação foi um organismo centralizador de competências, meios e responsabilidades públicas criado no contexto do III Plano de Fomento (1968-1973), e que resultou na centralização, tanto a nível prático como de investigação, das políticas públicas de habitação, terminando um período em que estas competências se dividiam por múltiplos organismos como o Gabinete Técnico da Habitação (departamento Municipal de Lisboa), o Serviço de Construção de Casas Económicas, o Gabinete de Estudos da Habitação e a Habitações Económicas.
O FFH actuou em diversas linhas, como a Promoção Directa (para apoio aos sectores mais desfavorecidos. São desta ordem os dois programas mais célebres do FFH: os Planos Integrados de Habitação e o Serviço de Apoio Ambulatório Local - SAAL), a promoção cooperativa e associativa (com o novo regime-jurídico de apoio ao cooperativismo habitacional), o apoio à autoconstrução, o Suporte à Promoção Municipal (criação das famosas linhas de crédito bonificado aos municípios), o programa de Obras Comparticipadas (para as iniciativas das Misericórdias, municípios e outras entidades) e o incentivo à produção privada de habitação a custos reduzidos (através do Contrato de Desenvolvimento para Habitação, que será reformulado posteriormente e integrado no INH).
Em 1982 dá-se a extinção do FFH alegando-se a incapacidade deste organismo - e num sentido lato, da iniciativa pública - conseguir sozinha reverter a necessidade de habitação sentida em Portugal, devendo antes o governo apostar na garantia de condições para estimular a participação da iniciativa privada - surgirá assim o Instituto Nacional da Habitação (INH).