O Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado (IGAPHE), foi criado em 1987 para gerir, conservar e alienar o património habitacional do extinto Fundo de Fomento de Habitação (FFH). Um dos seus principais objectivos era modificar a abordagem à promoção directa de habitação social da administração central, vigente até então e que tinha marcado o período do Estado Novo, para o apoio indirecto às câmaras muncipais, cooperativas de habitação e empresas privadas.
Alicerçado sobre a ideia de que o Estado enquanto administrador de casas gera necessariamente desperdícios e irracionalidades, pela falta de proximidade às reais necessidades locais, o IGAPHE alienou um número considerável de fogos então pertencentes ao património estatal, procurando saldar as grandes dívidas deixadas pelo FFH.
Foram-lhe ainda atribuídas outras funções como a gestão, conservação e alienação do parque habitacional sobrante, equipamentos e solos, o apoio técnico aos municípios e outras instituições promotoras de habitação social, no domínio da gestão e conservação do parque habitacional, e o auxílio ao governo central na definição das políticas de arrendamento social e de alienação do parque habitacional público.
Com o intuito de racionalizar meios, em 1997, o IGAPHE transferiu o poder decisivo sobre o financiamento a fundo perdido, em particular no que aos programas especiais de apoio ao realojamento de populações dizia respeito, para o Instituto Nacional de Habitação (INH). Em 2002, fundiu-se com este último, transferindo também outras funções e competências como a reabilitação do parque habitacional, público e privado, e o desenvolvimento do mercado do arrendamento urbano.